

Apesar de rudimentares, os monumentos megalíticos são considerados a primeira forma de arquitetura monumental realizada pelo homem. A cultura megalítica, que se desenvolve entre 5000 e 3000 a.C., é a primeira expressão da vontade e da necessidade das sociedades conceberem e organizarem os espaços e os lugares, não só em termos físicos, como também em termos simbólicos. Os monumentos mais importantes e característicos da arquitetura neolítica foram as construções palafíticas e as megalíticas. As construções palafíticas são habitações rústicas de madeira, reunidas em verdadeiras cidades erguidas sobre pilotis, estacas resistentes e profundamente enterradas no fundo dos lagos ou às margens de rios, em várias regiões da terra.
Os monumentos megalíticos são enormes construções de pedra toscamente lavrada, que assumem formas e disposições diversas e recebem denominações de menir, alinhamento, cromleques e dolmen.
Como principais tipos de monumentos megalíticos temos:
* Menir: que consiste num megálito, coluna rudimentar, erguida em direcção ao céu, sendo muitas vezes trabalhado de modo a apresentar uma configuração cilíndrica ou cónica, associada à forma fálica. Na sua origem, admite-se estar uma manifestação ritual à vitalidade e à fertilidade da terra ou, pela sua forma fálica, uma evocação à fecundidade.
* Alinhamento: designação dada a um agrupamento de menires organizado em linha recta.
* Cromeleque: designação dada a um agrupamento de menires organizado em círculo. Os cromeleques acentuam a ideia de recinto sagrado ou lugar de culto. Alguns podem estar relacionados com a astronomia e o estudo de fenómenos celestes. Stonehenge é o maior, o mais complexo e o mais característico monumento megalítico edificado pelo homem.
* Anta ou Dólmen: construções megalíticas formadas por pedras colocadas na vertical sobre as quais assenta uma laje formando uma câmara circular que serviriam como locais de enterramento ou de culto ligado à morte.
O Santuário de Stonehenge, no sul da Inglaterra, pode ser considerado uma das primeiras obras da arquitetura que a História registra. Ele apresenta um enorme círculo de pedras erguidas a intervalos regulares, que sustentam traves horizontais rodeando outros dois círculos interiores. No centro do último está um bloco semelhante a um altar. O conjunto está orientado para o ponto do horizonte onde nasce o Sol no dia do solstício de verão, indício de que se destinava às práticas rituais de um culto solar. Lembrando que as pedras eram colocadas umas sobre as outras sem a união de nenhuma argamassa.